sexta-feira, 3 de abril de 2009

BIOGRAFIA DE JÓSÉ DE ALENCAR

José de Alencar, advogado, jornalista, político, orador, romancista e teatrólogo, nasceu em Mecejana, CE, em 1o de maio de 1829, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12 de dezembro de 1877. É o patrono da Cadeira n. 23, por escolha de Machado de Assis.
As mais distantes reminiscências da infância do pequeno José mostram-no lendo velhos romances para a mãe e as tias, em contato com as cenas da vida sertaneja e da natureza brasileira e sob a influência do sentimento nativista que lhe passava o pai revolucionário. Entre 1837-38, em companhia dos pais, viajou do Ceará à Bahia, pelo interior, e as impressões dessa viagem refletir-se-iam mais tarde em sua obra de ficção. Transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro, onde o pai desenvolveria carreira política e onde freqüentou o Colégio de Instrução Elementar. Em 1844 vai para São Paulo, onde permanece até 1850, terminando os preparatórios e cursando Direito, salvo o ano de 1847, em que faz o 3o ano na Faculdade de Olinda.

Características da obra

O Gaúcho Narra
Em terceira pessoa a história de um menino, Manuel Canho, que admira muito a seu pai, grande conhecedor de cavalos, que é assassinado. O filho nunca o esquece. Odeia o padrasto e, após a morte desse, busca vingar o assassinato do pai. Na execução deste projeto de vingança o gaúcho Manuel Canho vive peripécias ligadas à Guerra dos Farrapos, mais particularmente a Bento Gonçalves. Depois de vingado, Manuel apaixona-se por Catita. Durante uma viagem de Manuel, a moça deixa-se envolver por outro homem, mas, quando Manuel regressa, Catita arroja-se a seus pés, protestando-lhe o amor. Manuel afasta-se no seu cavalo, mas a moça lança-se à garupa e o livro termina com os dois cavalgando pelo pampa infinito, numa louca carreira, em meio a uma paisagem apoteótica de céu encoberto, relâmpagos cortando e ventos zunindo. No capítulo II do livro I podemos contemplar a paisagem do sul do Brasil: O gaúcho a cavalo correndo pelos pampas. Este romance, publicado em 1870, foi o primeiro da série com qual Alencar tentou um retrato do Brasil, focalizando ambientes brasileiros afastados do bulício da corte, outras obras de Alencar regionalista são: O tronco do Ipê (interior fluminense 1871), Til (interior paulista - 1872) e o sertanejo (interior do nordeste - 1875).

Costumes

Gostavam de tomar chimarrão, ficar conversando a beira da fogueira e usavam na maioria das vezes roupas de couro.

Como era a sociedade

As pessoas eram humildes, pois não havia pessoas ricas naquele local.

Problema social do livro

A vingança pois quer vigar a morte do pai de qualquer maneira

Problema social do livro

terça-feira, 31 de março de 2009

RESUMO DA OBRA

O GAÚCHO
José de Alencar
Manoel Canho, gaúcho vive em um rancho em Poncho-Verde, ás margens do Ibicuí, com a mãe, Francisca, e sua Irmã, Jacintinha. O pai de Manoel, João Canho, amansador famoso na região, ele é morto num combate com castelhanos que estavam a caça do comerciante Loureiro. Manoel, menino ainda, vê o pai ser ferido, mortalmente, pela lança do castelhano Barreta, revoltado jura vingança. Loureiro, sensível aos encantos da viúva Francisca, sentindo-se responsável pela morte do marido, oferece-se para substituí-lo. A mãe aceita, desagradando Manoel que passa a odiar o padrasto. Nessa época, o irmão, Juca, de três anos adoece e logo morre. Um dia, Loureiro manda arreiar Morzelo, o cavalo predileto do finado João, ao toque das rosetas, Morzelo dispara como uma bala, derrubando o cavaleiro e o esmagando-o no chão. O negociante morre, deixando Francisca, mais uma vez viúva. Manoel cresce e como o pai torna-se grande conhecedor de cavalos. Um dia, sai de casa em busca do barreta.Na vila de Jaguarão, conhece Catita, ao aparecer no apendre, procurando pelo pai, um soldado lhe pergunta se não gostaria de ser sua noiva. Dirigindo-se até o canto oposto do alpendre, onde Manoel estava sentado e fumando, aponta-o, dizendo: é este que prefiro. Ironicamente, o gaúcho responde que só quando Catita for viúva. O gaúcho encontra-se com seu padrinho, Bento Gonçalves ele conta que vai em busca de Barreta e pede sua benção, partindo para província de Entre-Rios. Ali, Manoel conhece o chileno D. Romero, um vendedor ambulante que traz com sigo uma égua muito bonita e arisca. O dono desafia os presentes, afirmando que ninguém ali é capaz de montá-la. Convida a todos dizendo que o cavaleiro que a montar ficara com ela..Manoel oferece dinheiro pela égua, mas o chileno repete que pode tela de graça, desde que o monte. O gaúcho além de montar faz amizade com o animal, tornando se seu dono. Dá á baia o nome de morena e percebendo que deu cria a pouco tempo, permite-lhe fazer o caminho de volta para encontrar o potrinho.O animal recupera a cria e após despedidas calorosas , o gaucho solta-os na imensidão dos Pampas. Apesar de livres, Morena e seu potro retornam aos afagos do gaucho.Chegando a casa do assassino do pai, encontra-o a beira da morte, corroído por uma febre. O gaucho adia o interno, decidindo ajudá-lo. Durante vários dias, vela sobre o doente, como faria a um amigo. Com o enfermo fará de perigo, deixa a casa prometendo voltar. Retorna a Poncho-Verde, e após três meses, o gaúcho volta á casa de Barreta. Lá, identificando-se diz lhe a que vem. Lutam e Manoel o fere mortalmente, com a própria lança usada contra seu pai.Avisa ao padrinho Bento ter cumprido a vingança. Na festa de nossa senhora da conceição, Manoel revê Catita que docimente lhe pede o potrinho e deparando com o turbante, que este havia comprado para a Irma, coloca-o na cabeça. Manoel se retira sem pega-lo de volta, ofendido com o pedido da moça. Um dia Manoel fica sabendo que o coronel Bento Gonçalves havia sido demitido do 4°corpo de cavalaria. Achando que o padrinho precisava dele, parte para Jaguarão e de lá para Camacuã, onde fica a estância de Bento. Por causa da demissão, este pretende dar inicio a manifestações populares em favor de sua causa. Nessas excursões, precisa de um homem de confiança para escoltá-lo. Ao ver o afilhado, sabe que pode contar com ele para a tarefa.
O gaucho fica sabendo que Lucas Fernandes, o pai de Catita, conhecera seu pai, e por isso, nessa noite conversaram bastante.Após lutarem ao lado de Bento Gonçaves, tomando Porto Alegre de assalto, durante o jantar Catita da olhadelas apaixonadas para o gaucho. Félix, sobrinho de Lucas, que sobe o protesto da revolução, vem para ver a amada catita, fica enciumado com seus olhares para Manuel canho naquela noite , toma conhecimento de que Felix deseja matá-lo.No dia seguinte, sabendo que a força de silva Tavares, o chefe legalista, estava arranchada em uma distância , na vizinhança de sirito, canho, sai e m sua direção. Chegando lá á noite, pede pouso para os pões que o recebem. Todavia, desconfiam que é o homem de bento e tentam cercá-lo. Na fuga, mor zelo membro de sua partilha é capturado. Ao dar conta disso volta e se depara com o cavalo morto. Com morena e Juca chora a morte do velho alazão do pai; enterrando-o, o gaúcho jura vingança. Com sua tropilha Manuel canho ataca os peões que voltam á estância ferindo uns, derrubando outros. Félix, agora um legalista, num golpe de Manuel, tem o rosto cortado transversalmente, vazando-lhe o olho. No encalço daquele que baleara mor zelo ouvem-se tiros, e como se tivesse asas, morena devora o espaço, fugindo dos inimigos; mais tarde, refolela em espécie de estertor; tinha sido atingida. Deixando-a deitada, agonizando, o dono busca um objeto para retirar a bala. Retornado de Buenos Aires Manoel visita a Irma e a mãe que o comunica sobre o pedido de D. Romero para casar com a filha. Mas o incorrigível D. Romero marca para meia noite um encontro á janela com Catita que passa a se interessar por seus galanteios. À hora exata, o chileno ali esta cortejando a moça. Quando dá por si percebe que o esperto escorregara para dentro da casa . Sem perda de tempo corre para avisar Lucas Fernandes. Arma-se o escândalo. Abatida com o ocorrido sente-se desamparada , ficando em dúvida se o confeito não teria algum marcótico. Na fuga o chileno é amparado pelos legalistas e em Rio Pardo, á noite resolve usar seus confeitos como sua antiga morada.Quando pula o balcão, canho, o laça, conduzindo-o á vila de Piratinim, para casar com Catita Em prantos pela primeira vez o gaucho chora abraçando seus fieis cavalos .Fala-lhes de sua ingratidão por trocá-los pela infiel e traidora Catita. Pede-lhes que fujam com ele, de repente Catita ajoelha pedindo perdão suplicando para levala com sigo.Ouvi-se um barulho de galhos partidos e em seguida o baque de um corpo no fundo do precipício, é Felix que até então lutava a beira do penhasco, com o tufão.